Livro de crónicas que narra como o autor conheceu em viagem Muammar Kadhafi, tentou entrar no KGB, explorou o maior campo de refugiados do Mundo, privou com povos guerreiros na Etiópia, esteve para morrer no Laos ou, entre outras, ouviu histórias de descendentes de piratas portugueses nas caraíbas. Este é o primeiro livro de um autor português que nos leva a mais de 50 países, não em formato de guia, mas antes de inspiradoras histórias de quem ama o imprevisto, tem paixão pelas pessoas e anda na estrada ao sabor do vento, sem preconceitos ou roteiro definido. As estimulantes histórias deste livro levam-nos a locais improváveis, os menos massificados no planeta: o autor convida-nos aos destinos “B”, os menos óbvios, menos procurados e menos fáceis logisticamente, logo mais desafiantes e, sobretudo, mais genuínos.
“BORNFREEE – O mundo é uma aventura” fala-nos de atitude em viagem, de felizes acasos e de cumplicidades e de partilha com estranhos. Vai inspirar-nos, fazer-nos rir, chorar, provocar-nos inúmeras emoções e até nos fará temer pela vida do autor. São experiências que nos apresentam pessoas inspiradoras, nos levam a transportes públicos épicos, nos fazem sofrer em fronteiras problemáticas, suspirar com imprevistos e momentos caricatos, sonhar com lugares marcantes… sempre a dar novos olhos à viagem, com espírito aberto, respeitador das culturas e da sua identidade.
“É melhor morrer do que viver sem matar”, diz o provérbio Afar. Em nenhum outro lugar do planeta isto fará tanto sentido como na etíope Depressão de Danakil. São flores de humanismo que saem da boca do turco Hamit. Aos meus olhos, certeiras balas. De uma existência na antítese dos valores que dominam o mundo ocidental. No meio do caos, há uma árvore que resiste. Uma imponente figueira-de-bengala no alto de colina do campo 10, encarnando o espírito dos refugiados rohingya: “É uma árvore muito importante nas nossas vidas. Esta é a nossa última esperança. Várias vezes já nos salvou a vida. É uma bênção de Deus.”