Na era de inteligência artificial, o que nos falta saber do cancro? O que andámos a fazer de errado e que caminho ainda temos para andar? Manuel Sobrinho Simões está preocupado. É o sobrediagnóstico e o sobretratamento da doença aquilo que lhe causa mais angústia, numa altura em que se sabe haver mais 3% de casos por ano em Portugal, apesar de a doença estar cada vez menos letal. Aos 76 anos, o “patologista mais influente do mundo” continua a ver apaixonadamente ao miscroscópio, a ir todos os dias para o instituto que fundou, no Porto, e, ainda assim, a ter medo da doença que estudou toda a vida